sexta-feira, 15 de junho de 2012

«Histórias de Um Raciocinador», de Fernando Pessoa


HISTÓRIAS DE UM RACIOCINADOR 
e o ensaio 
«HISTÓRIA POLICIAL»
Fernando Pessoa 

Edição de Ana Maria Freitas

Colecção: Obras de Fernando Pessoa 24 / Tema, classificação: Policial
Data de Edição: Junho de 2012
Formato e acabamento: 16,5 x 24 cm, edição brochada com sobrecapa / 272 páginas
ISBN: 978-972-0-79312-6
PVP: 16 €


Quero que o leitor compreenda que faço uma grande distinção entre a história de mistério e a história policial. Um conto, ou romance de mistério é digno de desprezo enquanto realização intelectual; enquanto uma história policial exige a união da mais clara imaginação com o raciocínio mais forte e elevado.

Fernando Pessoa

Este volume reúne o primeiro conjunto de histórias policiais de Fernando Pessoa, escritas entre 1906 e 1907 e em língua inglesa. Começa aqui o policial pessoano, conceito em que irá trabalhar até morrer. Se, nalguns aspectos, estes textos estão ainda ligados à juventude do autor e às experiências e leituras desses tempos, outros revelam uma surpreendente coerência em relação à escrita policial da sua maturidade. A visão que Pessoa tinha do género começou aqui a formar-se e ele manteve-se-lhe fiel até ao fim. O ex-sargento William Byng é o detective criado, misto de genialidade e fraqueza, personificação dos poderes dedutivos, com um raciocínio abstracto que se assemelha a um número de circo de elaborados volteios. Tal como mais tarde Abílio Quaresma, das novelas policiárias, Byng é um decifrador dos mistérios do mundo e da mente humana, aparentemente transcendentes, mas possíveis de reduzir a simples charadas da vida real. O ensaio «História Policial», também ele iniciado na juventude, mas continuado e acrescentado ao longo das décadas seguintes, revela o profundo conhecimento do autor acerca de um género ao tempo pouco valorizado entre nós, mas que ele apreciava o suficiente para o desejar transformar em coisa sua. Neste ensaio é definido o princípio fundador: o policial de qualidade, produto da imaginação, deve ser sobretudo um divertimento intelectual e um exercício de raciocínio.

Chegou hoje às nossas livrarias.

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