A FELICIDADE NO CRIME
Barbey D’Aurevilly
Tradução e Apresentação
Tradução e Apresentação
Aníbal Fernandes
Colecção: Gato Maltês 77 / Tema, classificação: Ficção
Data de Edição: Janeiro de 2011
Formato e acabamento: 11,5 x 18,5 cm, edição brochada com badanas / 96 páginas
ISBN: 978-972-37-1545-3
Preço: 6,13 / PVP: 6,50 euros
Data de Edição: Janeiro de 2011
Formato e acabamento: 11,5 x 18,5 cm, edição brochada com badanas / 96 páginas
ISBN: 978-972-37-1545-3
Preço: 6,13 / PVP: 6,50 euros
A Felicidade no Crime é uma das mais célebres das seis novelas da recolha Les Diaboliques. Escrita por volta de 1870, esta história de uma paixão adúltera começa num salão de armas e desenrola-se, de espada na mão, até ao crime. Romancista, poeta e jornalista, Barbey D’Aurevilly mostra nesta novela, mais do que em qualquer outra, o seu génio literário.
«[…] Léon Bloy foi dos que fizeram justiça ao seu rasto de fogo nas letras francesas: “Até ele aparecer, nenhum romancista excitou tão perigosamente a mucosa dos magistrados mais austeros”; e acrescentava que era sua, a verdadeira “monografia do Crime e da Felicidade nos braços do crime”.
«[…] Léon Bloy foi dos que fizeram justiça ao seu rasto de fogo nas letras francesas: “Até ele aparecer, nenhum romancista excitou tão perigosamente a mucosa dos magistrados mais austeros”; e acrescentava que era sua, a verdadeira “monografia do Crime e da Felicidade nos braços do crime”.
Tratava-se, como é evidente, de uma referência directa a esta novela que fica como excelente exemplo da prosa e das obsessões mais persistentes da obra ficcionada de Barbey d’Aurevilly, escrita para figurar entre as suas seis “diabólicas”, seis mulheres saídas do que pode a Eva bíblica dar de mais misógino e destruidor. À Hauteclaire de “A Felicidade no Crime” cabe a glória do êxito altivo contra um escândalo onde só a vítima do crime tem castigo; onde a única angústia é da mulher que se sente traída, na sua aristocracia, pela vitória fria de uma plebeia. Era um jogo inaceitável numa época formada por romances de crimes punidos, e teve o preço de uma condenação. Mas D’Aurevilly viveu o suficiente para assistir, sete anos antes da sua morte, à reabilitação comercial de Les Diaboliques concedida ao velho autor septagenário que a Terceira República resolvia homenagear; e fazia-o no mesmo ano em que era publicado o seu maior êxito como escritor: Uma História Sem Nome, com um título que se negava a si próprio, nem diabólica, nem celeste, mas… sem nome, dizia a sua epígrafe, talvez para não fazer desde logo pressentir o que as suas capacidades de romancista, intactas, sabiam imaginar para um grandioso horror da culpabilidade sexual e dos enigmas da sua redenção.»
Aníbal Fernandes [excerto da Apresentação]
Estreia amanhã, dia 29 de Março, A Vingança de uma Mulher, « […] uma nova e siderante longa metragem [de Rita Azevedo Gomes], o seu trabalho mais ambicioso, adaptação livre de um dos seis contos que formam “Les Diaboliques” (publicado em 1874), de Barbey d’Aurevilly: “A Vingança de uma Mulher” (“La Vengeance d’une femme”).»
Francisco Ferreira, Expresso de 24-III-2012.
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